quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Por uma política de diferenças


Nesta aula foi proposta pelo professor a leitura e a síntese do conteúdo exposto no artigo cuja referência encontra-se abaixo. 

MACEDO, Elizabeth. Por uma política da diferença. Cadernos de Pesquisa, v. 36, n. 128, p. 327 – 356, maio/ago. 2006.

Encontrei também esse artigo que fala um pouco da questão do multiculturalismo nas escolas cujo tema é: “A diversidade humana na escola: reconhecimento, multiculturalismo e tolerância”. Ver link: http://www.espacoacademico.com.br/042/42wlap.htm

      O artigo de Elizabete Macedo (2006) defende a questão do multiculturalismo nas políticas educacionais e discute o paradigma da convivência pacífica entre as culturas, ou seja, pelo fato do Brasil ser considerado um país de mestiço, isso não necessariamente implica que haja uma concordância entre a diversidade cultural existente. Atualmente vem se discutindo muito a questão de se trabalhar as diversidades sociais e culturais nas escolas. No entanto, o que vem sendo feito nos últimos anos, ainda foi pouco para que esta questão venha ser resolvida nas escolas e consequentemente na sociedade.

            De acordo McLaren (1997) e McCarthy (1994) “a principal tarefa de um multiculturalismo crítico seria examinar a construção tanto da diferença quanto da identidade, contrapondo-se a projetos que não consideram a historicidade dessas diferenças”. Nesse sentido cabe ao Estado promover a construção de políticas educacionais que estejam voltadas para as diferenças culturais, sociais, raciais e de gêneros, não com o intuito de acentuar ainda mais as diferenças, mas a de se construir políticas públicas para combater as diferenças, a fim de diminuirmos os conflitos existentes na sociedade como, por exemplo: a intolerância religiosa, intolerância das diversidades: sexuais, raciais e sociais.

            O texto também ressalta que apesar de instituída a Lei 10.639 de 2003 que obriga a inclusão no currículo escolar dos temas relacionados à História e Cultura Afro-Brasileira, além da História da África e dos africanos e a luta dos negros no Brasil, ainda há instituições escolares em que essa determinação ainda não foi plenamente incorporada em seus currículos escolares, sobretudo nas escolas das classes dominantes, ou ainda de acordo com o texto há escolas que na maioria dos projetos multiculturais a interação entre as culturas é vista como uma somatória e não como uma realidade em que esteja presente no cotidiano dos alunos, ou seja, a política de diferença deve ser trabalhada no dia a dia das crianças e não eventualmente como em forma de projetos. Portanto, é necessário entendermos que toda cultura é híbrida é que não há, na interação entre culturas, a possibilidade de imposição absoluta (BHABHA, 2003 apud MACEDO, 2006, p. 354).
           



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