Nesta aula foi proposta pelo
professor a leitura e a síntese do conteúdo exposto no artigo cuja referência
encontra-se abaixo.
MACEDO, Elizabeth. Por uma
política da diferença. Cadernos de
Pesquisa, v. 36, n. 128, p. 327 – 356, maio/ago. 2006.
Encontrei
também esse artigo que fala um pouco da questão do multiculturalismo nas
escolas cujo tema é: “A diversidade
humana na escola: reconhecimento, multiculturalismo e tolerância”. Ver link: http://www.espacoacademico.com.br/042/42wlap.htm
O
artigo de Elizabete Macedo (2006) defende a questão do multiculturalismo nas
políticas educacionais e discute o paradigma da convivência pacífica entre as
culturas, ou seja, pelo fato do Brasil ser considerado um país de mestiço, isso
não necessariamente implica que haja uma concordância entre a diversidade
cultural existente. Atualmente vem se discutindo muito a questão de se
trabalhar as diversidades sociais e culturais nas escolas. No entanto, o que
vem sendo feito nos últimos anos, ainda foi pouco para que esta questão venha
ser resolvida nas escolas e consequentemente na sociedade.
De
acordo McLaren (1997) e McCarthy (1994) “a principal tarefa de um
multiculturalismo crítico seria examinar a construção tanto da diferença quanto
da identidade, contrapondo-se a projetos que não consideram a historicidade
dessas diferenças”. Nesse sentido cabe ao Estado promover a construção de
políticas educacionais que estejam voltadas para as diferenças culturais,
sociais, raciais e de gêneros, não com o intuito de acentuar ainda mais as
diferenças, mas a de se construir políticas públicas para combater as
diferenças, a fim de diminuirmos os conflitos existentes na sociedade como, por
exemplo: a intolerância religiosa, intolerância das diversidades: sexuais, raciais
e sociais.
O
texto também ressalta que apesar de instituída a Lei 10.639 de 2003 que
obriga a inclusão no currículo escolar dos temas relacionados à História e Cultura
Afro-Brasileira, além da História da África e dos africanos e a luta dos negros
no Brasil, ainda há instituições escolares em que essa determinação ainda não foi
plenamente incorporada em seus currículos escolares, sobretudo nas escolas das
classes dominantes, ou ainda de acordo com o texto há escolas que na maioria
dos projetos multiculturais a interação entre as culturas é vista como uma
somatória e não como uma realidade em que esteja presente no cotidiano dos
alunos, ou seja, a política de diferença deve ser trabalhada no dia a dia das
crianças e não eventualmente como em forma de projetos. Portanto, é necessário
entendermos que toda cultura é híbrida é que não há, na interação entre
culturas, a possibilidade de imposição absoluta (BHABHA, 2003 apud MACEDO, 2006,
p. 354).
Nenhum comentário:
Postar um comentário